terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Unindo o útil ao essencial

O Brasil perde por ano 8 bilhões de reais por falta de reciclagem.Foi o que revelou uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Incrível, não?! E realmente eu não acharia melhor maneira de começar o artigo que não esta!
Incrivelmente, depois de falar das perdas de capital que o país anda sofrendo, o governo resolveu agir e organizou o Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis. O nome é comprido, já as ações...vamos esperar para ver.

Mas devemos confessar que é melhor ser tarde que nunca!

Este comitê tem como função valorizar e criar políticas públicas que beneficiam os catadores de lixo. Para tal, estão envolvidos neste projeto 16 ministério e outros membros tais como a Petrobrás que está sempre incentivando projetos sócios-ambientais.

Também participaram do comitê catadores de diversas regiões do país que mostraram as maiores dificuldades enfrentadas por eles. A região do nordeste, por exemplo, foi alertada pelo catador e líder do movimento nacional Severino Lima que afirmou: "Lá temos grande dificuldade com a comercialização dos produtos, pois os centros industriais estão no Sul e Sudeste. Temos ainda muitos atravessadores".
Logo, é de se esperar que se a renda ganhada como catador não é lá grandes coisas, imaginem ter que dividí-la com um atravessador! 

Agora que se tocou no tema "capital", o governo federal deve relmente criar ações para beneficiar os catadores. Mas como no Brasil nem sempre promessa é dívida, vamos esperar as cenas do próximo capítulo.

Terminemos com esta imagem linda de como os catadores são bem tratados em nosso país...

Abraços!

Preservem seu Ambiente Maior!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Novas atrações do Tamar buscam a conscientização

Fundada nos final dos anos 70, o Projeto Tamar é, sem dúvida, pioneiro na área de conservação ambiental e, quem diria, começou com uma associação dos estudantes de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande após se depararem com a morte de 11 tartarugas por pescadores.


Buscando sempre a inovação, o objetivo final do Tamar é sempre conscientizar a população sobre a conservação e seus tantos benefícios.
Dentre tantas formas atrativas de promover seus projetos, desta vez os Centros de Visitantes contam com novas atrações além de shows e soltura de filhotes de tartaruga na praia.
Na Praia do Forte, por exemplo, a base conta com um novo tanque de tubarões além de reformas no espaço cultural. Em Sergipe e São Paulo, os visitantes podem, inclusive, alimentar as tartarugas.
E não acaba por aí, afinal, as reformas e novas programações irão atingir todas as bases do Tamar no Brasil que somam 11.

Interessante notar que o projeto conseguiu achar o melhor caminho para a conservação: a interação homem/natureza.
Aliás, só essa interação é capaz de conscientizar o homem quanto aos verdadeiros valores de preservar o que não é só nosso, mas faz parte da gente: a natureza!


Todos podemos ajudar o Tamar na conservação do meio ambiente se começarmos dentro de nossas próprias comunidades!
Você também pode ajudar o projeto comprando um de seus produtos na loja virtual ou no Centro de Visitantes!


Juntos somos mais!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fiquem de olho em nossos representantes

Já foram escolhidos os 11 representantes do Conselho Nacional do Meio Ambiente durante o período de 2011 até 2013. Serão dez representantes regionais e 1 nacional. Vale lembrar que os representante são formados por ONGs.
Os representantes eleitos pelo Centro Oeste foram a Fundação Pró Natureza (Funatura) e a Ecodata. Pela região sul elegeram-se Inga (Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais) e AAr (Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária). O Nordeste será representado pela Furpa (Fundação Rio Parnaíba e Bioeste), Instituto de Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável no Oeste da Bahia. SOS Amazônia e Kanidê (Associação de Defesa Etnoambiental) ganharam pela Região Norte e pela Sudeste foram eleitos o Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental) e Organização Ponto Terra. A representação nacional será da ONG Movimento Verde de Paracatu (Mover).

Vamos torcer para que os representantes consigam valorizar ainda mais o nosso Ambiente Maior!
Fiquem de olho, a posse ocorre no dia 30 de março deste ano!

Juntos somos mais!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O passado dos presentes vilões: dióxido de carbono e vulcão

Visto em grande parte das vezes como um vilão, os vulcões e o dióxido de carbono podem, inclusive, serem os mocinhos da história, afinal, ajudaram na evolução da vida na Terra.



Tudo começou com o início da era glacial (a 18 mil anos atrás), comprovada por cientista por meio de indícios de clastos caídos. Neste período todo o planeta era coberto por gelo, inclusive a região equatorial.
Estima-se que a temperatura nesta época ficava em torno de -50°.

Essa época foi caracterizada por certa estagnação na evolução dos seres vivos de nosso planeta.

Porém, mesmo encobrida por gelo, a Terra manteve ativa as erupções vulcânicas que ocorriam frequentemente. Estes fenômenos eram tão fortes ao ponto de abrir crateras no solo e removendo parte do gelo ali presente.
Mesmo assim, não foi essa a solução para o fim da era do gelo.

O responsável pelo fim da estagnação evolutiva foi o dióxido de carbono (acreditem ou não!).
Este é proveniente das erupções, que, liberando-o, formou uma grossa camada de CO2 envolta da Terra.
Logo, os raios solares antes refletidos pelo gelo, passaram a ficar presos na atmosfera, gerando calor e derretendo as camadas de gelo que dominavam o Planeta.

Acredita-se que a temperatura mudou de -50° para +50° em apenas centenas de anos, o que tem como consequência tempestades e alterações bruscas nas caracteristicas terrestres.
A mudança na temperatura sessou a estagnação da evolução, tendo como consequência, o aperfeiçoamentoe surgimento de inúmeras espécies.

Incrível, não? Como o vilão dióxido de carbono passou de herói para vilão em pouco tempo.
Talvez nós sejamos os vilões.

sábado, 22 de janeiro de 2011

A polêmica do Código Florestal



A tragédia da Região Serrana (Rio) deu início a uma nova revolta: a mudança no Código Florestal.

A polêmica começou com a publicação da matéria "Revisão no código florestal pode legalizar áreas de risco e ampliar chance de tragédia", publicada pelo jornal Folha de São Paulo. no dia 16 de janeiro. A matéria gerou controvérsias e, por isso, decidimos mostrar os dois lados da história.

A tal mudança no Código Florestal foi proposta pelo deputado Aldo Rebelo e estará sujeita a votação. Neste Projeto de Lei foi o artigo 3, incisivo IV item "d" que gerou a polêmica.  Neste trecho fica determiando que:

"Art. 3 º  Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
IV  - interesse social, para fins de intervenção em Área de Preservação Permanente:
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei 11.977, de 7 de julho de 2009".

Já a Lei 11.977 em seu artigo 54, autoriza a ocupação e regularização fundiária em áreas de preservação permanente desde que, o estudo técnico prove que esta intervenção implica em melhoria das condições ambientais em relação à situação de ocupação irregular anterior. Esse estudo técnico implica inclusive na recuperação de áreas degradadas e daquelas passíveis de regularização.

Dito o projeto de lei, o jornal Folha de São Paulo afirmou que a ocupação de Áreas de Preservação Permanente em inclinações superiores a 45°C  pode ter como consequência a repetição de tragédias ocorrentes, por exemplo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, devido à deslizamento de encostas.

O deputado se defendeu pelo seu site e disse que os jornalistas agiram de má fé. Aldo Rebelo realmente provou que a legalização de ocupação de morros só pode ser feita pela lei 6.776/79 e que a sua regularização cabe à lei 11.977. Para quem não conhece, a lei 6.766/79 determina que apenas as leis municipais podem indicar as áreas próprias para ocupação, sendo que, são proibidas ocupações em terras que ofereçam riscos às atividades humanas, como terrenos com declividade superior a 30%.
Infelizmente todos sabemos que essas leis não são fiscalizadas pelo estado, afinal, grande parte da população de baixa renda vive em encostas e morros instáveis.

Em resumo o Projeto de Lei propõe a intervenção em áreas de preservação permanente para regularização fundiária , ou seja, a ocupação desde que esta intervenção promova  uma melhor condição ambiental em relação à situação irregular anterior, onde vivem pessoas pobres com moradias clandestinas sem acesso à saneamento entre outros.
Realmente a mudança no Código Florestal se baseia em leis já existentes e estas sim deveriam ser melhoradas, já que servem de base para as outras . Ainda sim, a mudança no Código Florestal não visa a total preservação de encostas apesar de, por outro lado, promover melhor condição para pessoas de baixa renda com aplicação de melhorias, por exemplo, no saneamento básico.
O blog Ambiente Maior acredita que mais importante do que regularizar essas ocupações é preservar a vida das pessoas ali presentes, o que não tem acontecido ultimamente!

O sistema brasileiro de lei possui ainda muitas falhas e estas devem ser criticadas, afinal, vivemos em uma democracia e devemos fazer valer os nossos desejos!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Condomínio da Biodiversidade

A Prefeitura Municipal de Curitia (PR) está dando um passo a frente e um grande exemplo ao Brasil.
Em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS),ambas estão organizando o 2° encontro do programa Condomínio da Biodiversidade (ConBio).

Esse projeto, em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tem como objetivo conscientizar e apoiar a população na criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal. O evento é voltado para quem possui áreas ou bosques com vegetação nativa da região sul de Curitiba.

Durante o evento são inseridos conceitos de conservação tais como a legislação e procedimentos sobre como criar reservas. Também há palestras referentes ao manejo de plantas nativas e controle de espécies exóticas invasoras.

Dentre as vatagens de aderir a esse projeto, podemos citar a isenção de IPTU, além, é claro, da melhoria de qualidade de vida, conscientização ambiental entre outros.

Para quem mora perto, vale a pena conferir, do contrário, é uma boa idéia de projeto para qualquer estado do Brasil que queira preservar sua vegetação natural além das Unidades de Conservação.
Se você possui uma área extensa de vegetação, vale á pena preservá-la!

O sistema natureza


Com tantas tragédias imensuráveis neste mês, temos lido muitos artigos sobre as tais catástrofes. Muitas das explicações definem o acontecimento como a revolta ou vingança da natureza.
Nós do blog Ambiente Maior queremos provar o contrário,afinal, se a natureza tivesse sentimentos de ódio como nós, ela seria imperfeita.

Neste mês, o Rio de Janeiro foi marcado por muitas mortes e, muitas destas, consequências de ocupações indevidas.
Podemos definir essas ocupações como incorretas porque muitas cidades como Petrópolis e Terosópolis ficavam no meio de vales. Estes, por serem mais inclinados, formam bolsões de água no solo quando há grande volume de chuva. A água não tem para onde escoar, afinal o rio está cheio, e quando o bolsão de água estoura, há formação de um onda ou tromba d'água. Essa enxurrada é tão forte que pode chegar a formar metros de altura e carrega junto de si muito lama.

Em contrapartida, essas cidades foram ocupadas em um tempo onde não havia  grande estudo e conscientização dos fenômenos naturais. O que pode ser feito agora é preparar a cidade para possíveis eventos como este. Enviar alertas para a população e evacuar áreas de riscos delimitadas pela defesa civil é uma opção.

Infelizmente esta tragédia não foi a primeira e nem será a última a acontecer, há muito o que melhorar em um país onde a população é tratada com tamanho descaso.

Observando as causas dos acontecimentos podemos notar que a natureza realmente não é vingativa. Ao contrário disso, ela funciona como um sistema de força maior. Falta apenas o homem perceber que nós não somos os superiores neste mundo e, para se viver em segurança, é preciso respeitar e compreender a natureza.


O Ambiente Maior está de luto pelas vítimas dessa tragédia. E mais uma vez estamos tentando tampar os buracos deixados pela politicagem de nosso país!